Política
Varejista brasileira Havan, de propriedade do apoiador Bolsonaro, puxa IPO
A rede de lojas de departamentos brasileira Havan SA, cujo fundador está sendo investigado como parte de sondagens em campanhas de desinformação, encerrou os planos de uma oferta pública inicial, disse a empresa em um arquivamento na terça-feira.
A empresa não revelou o tamanho da oferta, mas fontes disseram que uma porção de 5 bilhões de reais ($ 906 milhões) da oferta iria para expandir ainda mais a rede de 149 lojas, reconhecíveis pelas réplicas da Estátua da Liberdade que as enfeitam em todo o Brasil.
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A mudança é um revés para Luciano Hang
Luciano Hang, também deve vender uma quantidade não revelada de ações.
Hang, que geralmente se veste com o verde e o amarelo da bandeira nacional do Brasil, é um defensor vocal do presidente Jair Bolsonaro.

Nas últimas semanas, a mídia brasileira noticiou que Hang estava tendo dificuldades com a Oferta Pública Inicial planejada na bolsa de valores B3 do Brasil, porque os investidores não compartilhavam sua avaliação da empresa em cerca de 100 bilhões de reais (US $ 17,78 bilhões).
O IPO também pode ser outra vítima do surto de coronavírus. Apenas em outubro, oito empresas brasileiras arquivaram os planos de oferta de ações devido à incerteza econômica decorrente da pandemia.
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Hang é atualmente alvo de duas investigações sobre a suposta divulgação e financiamento de desinformação contra o Supremo Tribunal Federal.
A investigação, que está sob sigilo judicial, foi iniciada em 2019.
No início deste ano, Hang disse em um post no Facebook que nunca atacou ou enviou notícias falsas contra a Suprema Corte.
Hang também está sob investigação por potencial disseminação de informações falsas durante as eleições presidenciais de 2018.
Traduzido e adaptado por equipe O Verbo News
Fonte: Reuters
